Uma reportagem que teve a coragem de discutir um problema real que existe no mundo islâmico está sendo usada para se construir uma crise fictícia com o intuito de promover o islamismo no Brasil. Esta crise se constrói com os muçulmanos se fazendo de vítima (apesar do que a reportagem relatar ser a verdade) e usando a antipatia que muitos nutrem contra a Rede Globo. Ao invés de lutarem por leis progressistas que defendam direitos iguais para as mulheres, os muçulmanos defendem a lei islâmica (Sharia), com tudo aquilo que ela tem de retrógrado e ultrapassado.
No dia 9 de junho, o programa O Fantástico, da Rede Globo de Televisão, levou ao ar uma reportagem intitulada Mulheres são vistas como propriedades dos homens no Líbano.
Esta reportagem expôs uma realidade que nós temos tratado em artigos tais como Direito das Mulheres sob o Islão, Exemplos (Parte 1 e Parte 2), Circuncisão Feminina ou Mutilação da Genitália Feminina: prática islâmica -- Você quer isso no Brasil?, Crimes de Honra: prática sem punição na lei islâmica, Maomé, homem sem honra (Alá diz que a esposa pode apanhar, e ensina como fazê-lo), Estupro e Escravidão Sexual, Por que, no islamismo, uma mulher é presa, açoitada ou morta depois de ser estuprada?, e Misoginia islâmica: cobrir-se toda é a única forma que as mulheres muçulmanas têm para não serem molestadas
A reportagem
A reportagem começa.
A reportagem especial deste domingo (29) investiga uma violência contra a mulher: por que, em alguns lugares do mundo, as mulheres ainda são tratadas como cidadãs de segunda classe e sofrem todo o tipo de abuso?
Segregação, maus tratos, mutilação de órgãos genitais, estupros, tortura dentro de casa, divórcios desejados pelas mulheres, mas dificilmente alcançados e crimes de honra em que o marido assassino sai praticamente impune.
O Fantástico vai mostrar mundos que não mudam. Homens que mandam. E mulheres que não querem mais obedecer.
A reportagem se baseia em estudos sérios, como um estudo da ONU relativo aos direitos das mulheres, que diz que:
No Egito, segundo a ONU, mais de 27 milhões de mulheres tiveram os órgãos genitais mutilados. No Iraque, mulheres são vendidas e estupradas.
A reportagem trata de assuntos que os leitores do Lei Islâmica em Ação já conhecem, tais como mulheres com direitos menores que os dos homens, abuso marital, estupro, vítima de estupro podendo ser presa por adultério ou por sexo ilícito. Trechos da reportagem narram que:
Dados da ONU mostram que no Iêmen, no Kwait, no Sudão, no Barém, na Argélia e em Marrocos, o marido agredir a própria mulher não é crime. Na Faixa de Gaza, em 2011, 51% das mulheres sofreram com a violência doméstica. No Líbano, não existe punição para o marido que forçar a mulher a fazer sexo com ele.
“Se um marido descobre que a mulher está tendo um caso, ele tem direito de matá-la. Mas se ela descobre que ele está tendo um caso e mata o marido, ela é condenada à prisão perpétua ou morte por enforcamento”, conta Tania Saleh, cantora.
Aisha foi abusada sexualmente por um amigo do pai e por estranhos. No fim, o estuprador ainda se sentiu no direito de dar uma lição de moral na vítima. “Ele disse que se eu fosse irmã dele ele teria me matado, porque eu estava fora de casa àquela hora da noite”, diz Aisha. Aisha não foi à polícia porque teve medo.
Na Arábia Saudita, nos Emirados Árabes e no Sudão, vítimas de estupro que procuram a polícia podem ser presas, por adultério.
E, no Egito, dados da ONU mostram que desde a queda do ditador Hosni Mubarak em 2011, mais de 90% das mulheres foram expostas a algum tipo de assédio sexual.
A brasileira Sheila tem duas filhas com um libanês. Depois de dois anos vivendo em uma rotina de agressões no Líbano, voltou ao Brasil e se separou do marido. “Quando você não sofre violência do seu marido, quem te agride fisicamente são cunhados, são primos, são outras pessoas da família que têm a liberdade de te corrigir”, explica a professora Sheila Ali Ghazzaoui.
Problemas como esse têm sido tão frequentes, e graves, que o Consulado do Brasil em Beirute resolveu fazer uma cartilha, um alerta para as mulheres brasileiras que pensam em se casar com libaneses e se submeter às leis extremamente patriarcais do Líbano.
A verdade é que a situação no Líbano não é das piores devido ao fato de ainda existir um grande percentual da população que não é muçulmana (entre cristãos e ateus), e ainda é possível existir movimentos em defesa dos direitos das mulheres (o problema maior acontece nos outros países de maioria esmagadoramente islâmica).
“Nós temos casos de violência doméstica, e até mesmo de estupros dentro e fora das famílias, mas não é nada alarmante. Neste ano, foi aprovada uma nova lei que protege as mulheres contra a violência doméstica que nós estamos implementando”, afirma cônsul-geral do Líbano em São Paulo Kabalan Frangie.
Mas as libanesas se cansaram de ficar em silêncio. Recentemente, mais de cinco mil mulheres, apoiadas por algumas centenas de homens, fizeram uma corrida pelas ruas de Beirute para reclamar mais espaço na sociedade.
Mas Nadine promete insistir nas próximas eleições. Aisha fala dos abusos sempre que pode, para expulsar o fantasma. Naíma dança com orgulho. E as ativistas correm contra as leis, contra o machismo e contra o tempo, fazendo o possível para chegar logo ao século XXI.
As reações, a fabricação de uma crise, e a Taquia
Depois da reportagem do Fantástico eu torçi para que a reação dos muçulmanos e muçulmanas brasileiros seria a de usarem esta oportunidade para denunciar os regimes islâmicos que mantém leis arcáicas, afinal, eles moram no Brasil e se beneficiam das nossas liberdades. Eu achava que eles, por morarem no Brasil, dariam mais valor à liberdade do que à lei islâmica (Sharia).
Lêdo engano.
Eu achava que os muçulmanos e muçulmanas brasileiros iriam se juntar a vozes de muçulmanas feministas e progressistas que, por exemplo, lutam contra os crimes de hora, como o grupo que lançou o filme The Honor Diaries, ou a ativista de direitos humanos do Bahrein, Ghada Jamshir, que luta contra o casamento temporário (prostituição religiosamente sancionada), ou iriam se juntar às centenas de milhares de mulheres iranianas que, desafiando o governo islâmico do Irã, mostram seus semblantes sem o véu na página do Facebook chamada My Stealth Freedom, lutando pela liberdade de escolha, de usar ou não usar o véu islâmico, mesmo sob o risco de serem presas ou suas famílias punidas.
Bem, exatamente o oposto aconteceu.
Os muçulmanos e muçulmanas usaram a reportagem para fabricarem uma crise, na qual dizem serem vítimas, e, deste modo, poderem fazer propaganda do islamismo no Brasil como se fossem “perseguidos.” Isto se chama taquia, a enganação sagrada: o islão permite que o muçulmano minta, se a mentira servir para a propagação do islamismo (lembre-se que o objetivo número um do islão é a implementação da lei islâmica, a Sharia, no mundo inteiro – isso é uma missão política, levada à cabo com fervor religioso).
Ao invés de lutarem para que os “paraísos islâmicos” adotem leis progressistas que efetivamente protejam as mulheres, eles adotaram a postura de quem deseja que nós “olhemos para o outro lado” enquanto eles mostram um lado róseo e irreal do islamismo, baseando-se em um passado glorioso inexistente e negando a situação presente nos países islâmicos, bem como nos guetos islâmicos da Europa.
A estatégia deles foi a de criar uma crise para se beneficiar dela (será que eles leram “Regras para os Radicais”, escrito por Saul Alynski?).
Uma reação foi um protesto que o Consulado do Líbano apresentou ao Diretor de Jornalismo da Rede Globo de Televisão, Ali Kamel. Reação compreensível e esperada.
O que se seguiu é oportunismo.
O primeiro oportunismo foi a reação de um grupo islâmico brasileiro ameaçar processar a Rede Globo, caso ela não dê a este grupo um “direito de resposta.” Ora, isso nada mais é do que uma tentativa de ganhar tempo gratuito na TV para pregar o islamismo. Afinal, quem este grupo islâmico representa? Ele foi mencionado na reportagem? Processar os outros visando ganhos financeiros (ou silenciar oponentes) é uma estratégia conhecida como Jihad Legal.
O segundo oportunismo foi a criação de uma página do Facebook, chamada de “Manifesto pela Honra Libanesa”, convidando para uma manifestação a ocorrer no dia 9 de julho, em frente à sede da Rede Globo em São Paulo. A chamada, que mostra uma mulher em um niqab, diz
Como já é de conhecimento de todos o programa Fantástico, da Rede Globo de televisão, exibiu uma entrevista no domingo, dia 29, denegrindo a mulher Muçulmana, Cristã Ortodoxa, e todos árabes libaneses e descendentes. A reportagem se referia ao modo como as mulheres são tratadas pelos maridos, matéria tendenciosa, preconceituosa e manipuladora.
Capa da página no Facebook chamando para a manifestação contra a Globo. A foto associa a mulher libanesa com o niqab, a vestimenta que cobre o corpo todo (deixando apenas os olhos à mostra), que é marca registrada da forma mais virulenta de islamismo: o wahabismo saudita
Interessante, diz-se “denegrindo a mulher Muçulmana, Cristã Ortodoxa, e todos árabes libaneses e descendentes” e mostra-se uma mulher de niqab? Desde quando o niqab representa as mulheres do Líbano? A maioria das libanesas não usa véu! Este fato já define bem o objetivo desta página e desta manifestação: propaganda wahabista.
O truque da página é o de apresentar uma visão sanitizada do islamismo, bem como o de usar a antipatia que muitas pessoas nutrem contra a Rede Globo para angariar suporte e simpatia (em que pese que a reportagem ter mostrado a verdade).
É interessante também ver os comentários escritos nesta página do Facebook, mas antes vamos nos ater ao wahabismo, que está entrando forte no Brasil.
O Wahabismo e o Salafismo
os wahabistas promovem a forma mais virulenta do islamismo. O que eles defendem e propagam, usando a riqueza oriunda os petro-dólares, é o salafismo, que significa "antecessores" ou "antepassados", termo usado para identificar os primeiros muçulmanos, que formaram o epítome da prática islâmica. A tradição de Maomé (suna) cita Maomé dizendo "As pessoas da minha geração são as melhores, em seguida, aqueles que virão depois deles, e, em seguida, os da próxima geração" (Bukhari, vol. 8, livro 76, 436; e também vol. 5, livro 57, 2), é visto como um apelo aos muçulmanos seguirem o exemplo dessas três primeiras gerações, os "salaf".
Os wahabismo salafista (a redundância aqui é proposital) é o islamismo oficial da Arábia Saudita, país cuja Constituição diz ser dever do Estado a propagação do islão (dawa). E eles fazem isso a nível mundial, custeando mesquitas e madrassas em todos os continentes, inclusive aqui.
O wahabismo é o salafismo como renascido na Arábia no século XVIII pelo Xeique Mohamad al-Wahhab, seguindo a escola de jurisprudência Hanbali (séc. IX), e é a forma do islamismo que mais se expalha pelo mundo. A Irmandade Muçulmana também segue o salafismo, tenho como referência Sayyid Qutb.
Os recém-conversos da Europa, Estados Unidos, Canadá, Austrália, que se tornam jihadistas na Somália, Iêmen, Líbia, Síria e no Iraque, são todos wahabistas/salafistas.
Se você deseja saber qual o papel das mulheres sob o salafismo, basta olhar para a Arábia Saudita.
Mulheres usando o niqab
A Niqab e sua obrigatoriedade: a mulher como “carne exposta”
A niqab é a vestimenta que todas as mulheres na Arábia Saudita são OBRIGADAS a vestir. Ela segue de uma ordem do Alcorão 33:59:
Profeta! Diga a suas esposas e filhas, e todas as mulheres muçulmanas, para usarem capas e véus cobrindo todo o seu corpo (cobrindo-se totalmente exceto para um ou dois olhos para ver o caminho). Isso vai ser melhor. Elas não vão se aborrecer e nem serem molestadas.
A niqab é a marca do salafismo, do wahabismo salafista, e de suas ramificações ao redor do mundo, como por exemplo, os deobandi no Afeganistão e Paquistão (a burqa é uma variante do niqab). No Irã usa-se o chador, cujo uso, igualmente obrigatório, também advém do Alcorão 33:59.
A coisa é tão séria, que é preferível que a mulher morra se ela não se cobrir apropriadamente. Veja este exemplo ocorrido em 2002 (BBC):
A Polícia Religiosa da Arábia Saudita não permitiu alunas de sair de uma escola em chamas, porque elas não estavam usando a vestimenta islâmica correta, de acordo com jornais sauditas. Um total de 15 meninas morreram no incêndio na segunda-feira. Uma testemunha disse que viu três policiais "batendo nas jovens para impedi-las de sair da escola em chamas, porque eles não estavam usando um manto".
Que tipo de virtude é essa que prefere que as meninas a morram em um incêndio se elas não estiverem se ‘vestindo apropriadamente’?
Mas esta imposição acontece também a nível familiar. Um programa jornalistico do Canal 4 britânico, Dispatches, usou uma câmera escondida a flagrou clérigos muçulmanos conclamando os fiéis, presentes na mesquita, a imporem o véu nas suas esposas e filhas, e mandando bater nelas se fosse preciso (The Guardian):
"Alá criou a mulher deficiente" e "com a idade de 10, torna-se uma obrigação para nós forçá-las (as meninas) a usarem o hijab e se elas não usarem o hijab, batam nelas."
Pais têm matado suas filhas, maridos matado suas esposas, por se “vestirem como ocidentais” nos EUA, na Europa, no Canadá ... (The Middle East Quaterly).
A lenta erosão da identidade feminina
Ao obrigar a mulher a se cobrir toda, o islamismo erotiza todo o corpo da mulher, tudo passa a ser um zona erógena. Ao invés de proteger a mulher, esta cobertura total vulgariza a mulher, bem como reduz os homens a animais sexuais. O melhor exemplo disso é anúncio no Egito, que mostra um pirulito embrulhado e um pirulito sem embrulho, sendo que o pirulito sem embrulho tem várias moscas pousadas em cima dele. O pirulito representa a mulher, o embrulho a vestimenta islâmica, e as moscas representam os homens. Ou seja, mulheres, cubram-se ou sofram as consequências, porque os homens apenas seguem os seus instintos animalescos, sendo incapazes de nada mais racional. Esta é a mentalidade no Egito e no restante do mundo islâmico, e está sendo exportada para o resto do mundo.
Propaganda no Egito: se a mulher não se cobrir, ela é presa dos homens – ou seja, se ela for assediada ou estuprada, a culpa é dela
O pior é que, sob esta mentalidade, as mulheres muçulmanas que não seguem o padrão de vestimenta islâmica, bem como todas as não-muçulmanas, são presa para os homens muçulmanos. Um clérigo muçulmano australiano, Xeique Taj Din al-Hilali, foi bem explicito ao se referir às mulheres que não se vestem islâmicamente como “carne exposta” que atrai animais vorazes (Mail Online). E isso se vê na atualidade, por exemplo, o nome mais comum entre os estupradores na Grã-Bretanha é Maomé (Muhammad, Mohamed, e variações).
"O que os olhos não vêm, o coração não sente"
Ao invés das mulheres se aniquilarem, que os homens cubram os olhos!
A idéia de que as mulheres não-muçulmanas podem ser abusadas sexualmente por muçulmanos vem das tradições e exemplos de Maomé, que permitia o estupro de mulheres presas após as suas incursões militares:
Ao final da Ghazwa (incursão militar comandada por Maomé) contra a (rica) tribo dos Banu Al-Mustaliq, Maomé viu seus seguidores estuprando as prisioneiras, fazendo coitus interruptus. Ao ver isso, Maomé perguntou por que eles estavam fazendo isso. Os seus seguidores disseram que eles não queriam que as prisioneiras engravidassem, pois isso reduziria o valor delas no Mercado de Escravos. Maomé brigou com os seus seguidores dizendo que era besteira ejacular fora da vagina, pois se for o desejo de Alá, as prisioneiras ficariam grávidas independete de onde a ejaculação ocorre.
Vários hadices (tradições) narram esta história bem como oferecem outros exemplos de Maomé apoiando o estupro de escravas: Bukhari 3.34.432; 3.46.718; 5.59.459; 7.62.135; 7.62.136; 7.62.137; 8.77.600; 9.93.506; Sahih Muslim 8.3383; 8.3388; 8.3376; 8.3377. Veja que Maomé não condena o estupro de prisioneiras, mas o incentiva. Além disso, Maomé não condena a escravidão, mas a pratica. O Alcorão confirma isso em 4:24, 33:50 e 4:3 (também 70:30).
O lado político do véu: implantação da lei islâmica
O uso do véu islâmico, seja o hijab (que cobre apenas a cabeça) ou o niqab, têm uma componente política fortíssima. A muçulmana que o usa, por sua própria escolha,
sinaliza o seu apego e concordância com a ideologia mais conservadora e reacionária do islão: a crença de que Alá quer que os muçulmanos governem politicamente os não-muçulmanos através da lei Sharia.
O uso do véu é um sinal de desdém da mulher muçulmana que o usa, indicando que ela deseja impor a Sharia às normas políticas e culturais da cultura ela está tentando colonizar. Indica que ela não tem a intenção de assimilar a cultura ocidental, mas sim que ela deseja que o ocidente seja uma colônia da Sharia.
Mas as muçulmanas que usam o véu devem saber que os não-muçulmanos entendem esta mensagem, de forma alta e clara.
O mais interessante (ou revoltante) é que as muçulmanas ortodoxas, aquelas que defendem o uso do véu islâmico (seja o hijab ou o niqab) com unhas e dentes, também concordam com as seguintes determinações da Sharia (por ser a lei de Alá):
1. Mulheres devem ser circuncizadas (ter o clítoris cortado fora).
2. Mulheres não podem deixar a casa sem autorização do pai, marido ou guardião. Ao sair, precisam da companhia de um homem (parente).
3. Mulheres só podem se casar com um muçulmano (homens podem se casar com infiéis).
4. Mulheres só podem se casar uma vez (homens, até 4 ... além das escravas sexuais) [Alcorão 4:3].
5. Mulheres podem ser divorciadas por qualquer motivo, bastando ao homem dizer 3 vezes: “eu me divorcio” (elas não tem o mesmo direito).
6. Esposas podem apanhar [Alcorão 4:34].
7. Direito de Herança: a parte do homem deve ser duas vezes maior do que a parte da mulher [Alcorão 4:11; 4:176].
8. Em casos de adultério ou estupro, a mulher precisa do testemunho de quatro homens [Alcorão 24:11-20]. Se ela não provar sua inocência (mesmo do estupro), ela é apedrejada.
9. O testemunho da mulher vale a metade do testemunho do homem [Alcorão 2:282].
10. Esposas podem ser estupradas.
11. Esposas podem ser mortas em defesa da honra (do homem).
12. Não existe limite de idade para casamento (casamentos de adultos com crianças são permitidos).
Leia mais sobre o que a Sharia diz com respeito às mulheres e à família nos capitulos 3 e 4 de Lei Islâmica (Sharia) para os Não-Muçulmanos.
As prioridades de Alá
Comentários no Facebook: taquia em ação
Agora, algumas reflexões sobre comentários na página do Facebook. Listo abaixo as declarações que eu encontrei que dão bem o tom do discurso tortuoso de quem pretende distorcer os fatos para enganar os menos cuidadosos. São sempre frases de efeito tentando mostrar um islamismo sanitizado e totalmente diferente do que estabelece a lei islâmica (Sharia) e diferente do que a prática da Sharia nos mostra. As declarações enganosas são apresentadas em vermelho, e o meu comentário vem se seguida:
“Deus (Alá) confirmou que a mulher é um ser humano completo, dotada de corpo e alma, e a igualou ao homem na prática religiosa e na recompensa da outra vida...”
Até onde eu saiba, todas as religiões consideram a mulher como ser humano dotado de corpo e alma. E daí? Isso não é novidade. Mas o problema no islão é que as mulheres ficam sempre atrás do homem nas mesquitas, ou algumas vezes mesmo no porão das mesquitas. Isso para mim não é igualar homens e mulheres em prática religiosa. O famoso comentarista Ibn Kathir diz (sobre o Alcorão 4:34): “Homens são superiores às mulheres, e um homem é melhor que uma mulher.” Um outro comentarista, Razi, diz: “O homem é mais perfeito que a mulher na criação, e em inteligência, e na esfera religiosa, como na competência de ser um juiz, e um líder na oração.”
Ainda quanto à prática religiosa, existem algumas opiniões importantes de Maomé sobre as mulheres muçulmanas que vale a pena deixar registrado:
Maomé disse a um grupo de mulheres: 'Eu nunca ví ninguém mais deficiente em inteligência e religião do que as mulheres’ (Bukhari, 1, 14, 301).
Uma mulher fica perto da face de Alá quando ela se encontra dentro da sua casa. E a oração de uma mulher dentro de casa é melhor do que a sua oração na mesquita (Ghazali, Kitab Adab al-Nikah, p. 65)
Uma mulher, um jumento e um cachorro atrapalham a oração (Muslim, 4:1034).
Quanto à recompensa na outra vida, no bordel, digo, paraíso islâmico, enquanto que os homens vão desfrutar das 72 virgens de seios volumosos, além dos meninos, as mulheres vão ficar dentro de casa esperando a sua vez, recatadas e puras.
“A mulher muçulmana não só tem o direito, mas também o dever de estudar e procurar o conhecimento” ...
“A mulher pode exercer qualquer função que não vá contra os princípios do Islam, que não agrida a sua natureza feminina e que não a ocupe totalmente, fazendo com que descuide da família, pois isso causa sérios prejuízos ą sociedade, pois acarreta na não educação materna, no abandono dos filhos que serão entregues as "mães artificiais".
“No Islam, a mulher tem o direito de ser sustentada pelo pai, irmão ou marido, visto ser uma injustiça querer que ela trabalhe dentro e fora de casa.”
Eu agrupei as três afirmações acima porque elas se contradizem. Vejamos. Primeiro, diz-se que a mulher tem o direito e o dever de estudar e procurar o conhecimento (sem mencionar que conhecimento é este). Essa frase se contradiz com a frase seguinte que indica que a as funções que a mulher pode exercer não devem impedir que ela se descuide da família. E, finalmente, a terceira frase que diz que a mulher deve ser sustentada pelos seus parentes homens, sendo uma injustiça que ela trabalhe fora de casa.
Para mim, fica claro com estas frases, colocadas em conjunto, que o papel da mulher muçulmana é o de ser mãe e dona-de-casa. Eu não vejo problema algum que mulheres façam a escolha de serem mães e donas-de-casa. Mas elas devem ter o direito de escolher outras atividades! E as mulheres que preferem desenvolver uma vida profissional fora das atividades domésticas? E os homens de hoje que acabam sendo mais “domésticos” do que as mulheres? E as mulheres que não desejam se casar?
Novamente, o problema com o islão é que ele aceita apenas o que ele define. No islão, falta a liberdade de escolha.
Agora, apenas um detalhe. Maomé inventou o islão com 3 motivos: criar um exército para conquistar Meca, enriquecer, e satisfazer seus desejos sexuais. O papel da mulher muçulmana, desde o tempo de Maomé, passando pelos califas, e até os dias de hoje, é o de ter filhos e criá-los, de modo a manter o influxo de soldados para lutarem na jihad. Os homens iam para a guerra e morriam. Os que voltavam se casavam com as mulheres excedentes (poligamia), garantindo a geração de mais filhos muçulmanos (mais soldados). E nas terras conquistadas, os homens se casavam com as mulheres infiéis conquistadas (poligamia), garantindo a geração de mais filhos muçulmanos (mais soldados). Isso se chama: Jihad Demográfica. Ainda sendo usada nos dias de hoje no Ocidente, visando garantir maioria para poder exigir a implementação a lei islâmica.
“A mulher no Islam têm direito a herança.”
Isso é verdade, porém com restrições. A lei islâmica prescreve que “a parte do homem deve ser duas vezes maior do que a parte da mulher.” E sem esqueçer que, em caso de divórcio, a guarda dos filhos pertence ao homem.
A lei islâmica prescreve isso, e, para os muçulmanos ortodoxos, isso é perfeito e final, pois advém de Alá e das tradições de Maomé (Suna).
“A mulher tem o direito de escolher com quem irá casar.”
Isso não é verdade.
(1) Para começar, um mulher muçulmana pode se casar apenas com muçulmanos! Isso já limita este direito de escolha, não é verdade?
(2) Mas existe um outro problema. O islão define, e a Sharia regulamenta, a segregação entre os sexos, seja nas mesquitas, seja nas escolas, seja no dia-a-dia da mulher muçulmana. E a lei islâmica ainda prescreve que a mulher deve sair de casa com a companhia de um chaperone para evitar contato com homens fora do círculo familiar. Isso faz com que o contato com o sexo masculino seja muito reduzido. A consequência disso é a grande incidência de casamentos entre parentes próximos, geralmente primos. E muito desses casamentos são arranjados, de modo que a mulher não tem outra escolha senão a de aceitar a escolha familiar.
(3) E, ainda existe um outro problema, o dos casamentos precoces. Como não existe limite de idade para o casamento na lei islâmica, é comum que meninas ainda pequenas se casem com homens adultos, muitas vezes com idade para serem seus avós. É claro que estas crianças não têm discernimento e nem direito de escolha.
De modo que quanto mais islâmicamente ortodoxo é o ambiente ou a família da muçulmana, menores as chances da mulher ter direito de escolher com quem ela irá se casar.
“O Islam garantiu ą mulher o direito ao prazer sexual”
Na verdade, o islão garantiu à mulher o direito de ser um objeto sexual do homem. Senão, vejamos.
(1) A lei islâmica prescreve a remoção do clítoris. Vamos e venhamos que sem o clítoris o prazer feminino se reduz ao nada.
(2) O marido tem direito a ter relações sexuais a hora que ele quiser. Ou seja, a mulher muçulmana tem que estar “ligada” o tempo todo, ou ela vai ter relações sexuais indesejadas.
(3) O marido pode estuprar a esposa.
(4) O marido pode “educar a esposa”, seja admoestando-a, seja isolando ela em algum cômodo da casa, ou seja batendo nela, com uma varinha que tem até nome.
O Mensageiro de Alá disse: Sempre quando um homem chamar a sua esposa para a cama, e ela recusar, e ele passar a noite de mal humor, os anjos irão amaldiçoá-la até que ela se levante pela manhã (Mishkat al-Masabih, English translation, Book I, Section 'Duties of husband and wife', Hadith No. 61)
O Profeta disse, “Nenhum de vocês deve açoitar a sua esposa como se açoita um escravo, e depois querer ter relação sexual com ela ao final do dia (Bukhari Volume 7, Book 62, Number 132).
A promessa de “virgens de peitos volumos” no paraíso islâmico reforça a visão de que a mulher é nada mais do que um objeto sexual.
“No Islam, é estabelecido o casamento como único entre homem e mulher.”
Correto. A mulher apenas pode se casar com um único homem. Porém, o homem pode se casar com até 4 mulheres simultaneamente (pode ter mais mulheres caso se divorcie e se case de novo), pode ter sexo com mulheres que a “sua mão-direita possuir” (escravas sexuais), pode usufruir do casamento temporário (desde que pague a noiva temporária – a prostituta, e pague ao imã que celebra o casamento – o cafetão). Considerando que a Declaração Universal dos Direitos Humanos, no seu Artigo I, diz que todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos, a conclusão lógica é que o islão é arcáico, misógino e contra os direitos humanos das mulheres.
“A posição da mãe é três vezes superior a do pai”
Eu não sei de onde vem esta afirmação. O que eu sei é que, no islão, o homem é superior à mulher.
"Os homens têm autoridade sobre as mulheres porque Alá fez o homem superior à mulher" (Alcorão 4:34).
Na página 36 do livro, A Mulher e o Islamismo, Ahmed Zaki Tuffaha escreveu: "Alá estabeleceu a superioridade do homem sobre a mulher pelo verso acima (Sura 4.34), o que não permite a igualdade entre o homem e a mulher. Porque aqui o homem está sobre a mulher devido à sua superioridade intelectual."
Aisha (a criança que foi forçada a se casar com Maomé) disse para Maomé: “Você nos fez as mulheres serem iguais aos cães e aos jumentos” (Muslim 4, 1039).
“O uso do véu não é uma invenção do Islam.”
Isso é verdade, mas o problema não reside aí. As mulheres de diversas civilizações, ao longo da história, têm se vestido de maneira diferente. Por exemplo, a mulher chinesa, ao longo dos séculos, nunca foi chegada a usar um véu. As mulheres da África Negra não usavam véu algum bem como tinham os seios de fora. As hindús, cobriam a cabeça com um véu longo mas deixavam as costas à mostra. No Egito Antigo, era um véuzinho chinfrin, talvez apenas para proteger do sol. Na Grécia e Roma antigas, não existia esta neurose de esconder os cabelos. A Europa medieval herdou do cristianismo a tradição do véu, mas ele nunca foi algo compulsório, e foi caindo em desuso com o passar do tempo.
Isso é evolução.
No islamismo, a coisa toda se engessa em virtude da inviolabilidade do Alcorão e da Suna (tradições) de Maomé. De modo que, sim, o islão não inventou o véu. Mas o islão é a única ideologia do mundo que o defende com unhas e dentes, a ponto de ameaçar fisicamente, e levar a cabo as ameaças, as mulheres que não desejam usar o véu ou viver cobertas por verdadeiras “barracas ambulantes.”
“A mulher muçulmana também pode votar ... ela teve este direito há 1400 anos.”
Na verdade, essa é uma outra afirmação vazia, porque a democracia é algo anti-islâmico. Senão vejamos. O clérigo saudita Muhammad Musa al-Sharif, em entrevista a TV al-Daleel, em 19 de Fevereiro de 2010, disse existir uma prominência da lei islâmica sobre as leis feitas pelos seres humanos. A lei de Alá, a Sharia, a lei islâmica, deve governar o mundo. Toda a lei que não segue a Sharia é anti-islâmica. Logo, não existe eleição para definir as leis.
Outro tipo de eleição seria para eleger o Califa. Mas a história islâmica nos mostra que as sucessões dos califas sempre foram sangrentas, um golpe dentro do outro. Bem, não existiram eleições aqui.
Ora bolas, se não existe eleição, que negócio é esse de “direito de votar obtido há 1400 anos”?
“O Alcorão eleva a condição da mulher e a valoriza devolvendo a mulher o lugar que lhe é de direito no seio da sociedade.”
Esta frase traduz bem o supremacismo islâmico, que tenta passar uma idéia de que antes do islão tudo era ruim, e que a partir do islão tudo melhorou, e que não existe nada mais correto do que o que foi codificado na Sharia. O fato é que o islão engessa tudo a padrões de comportamento da Arábia, Século Oito (e nós estamos no Século Vinte e Um).
Eu vou mencionar alguns termos que definem bem o que o islão define como “direitos da mulher”: remoção do clítoris, estupro marital, crime de honra, menor porção da herança para a mulher, estupro é culpa da mulher, segregação entre os sexos, poligamia, pedofilia, fábrica de filhos.
A chave do sucesso da mulher muçulmana é resumida por:
Todas as mulheres que ao morrerem tiverem o marido satisfeito com elas entrarão no Paraíso (Mishkat al-Masabih, English translation, Book I, Section 'Duties of husband and wife', Hadith No. ii, 60).
Ou seja, para garantir o paraíso, elas precisam fazer tudo o que o marido deseja de modo a satisfazê-lo plenamente.
Palavras finais
Termino este meu artigo mencionando uma frase de Clarisse Lispector, mencionada no Facebook “Manifesto pela Honra Libanesa”
"Porque há o direito ao grito, então eu grito."
É bom viver no Brasil onde existe o “direito ao grito,” pois nos paraísos islâmicos, regidos pela lei islâmica Sharia, este direito ao grito não existe.
1/8/2015: Estou adicionando um link para um vídeo do Facebook com a reportagem do Fantástico
O tal manifesto no facebook nao existe mais... a verdade foi mais forte q essa porra de taquia.. mentira tem perna curta, nao adianta.
ReplyDeleteSem dúvidas.
ReplyDeleteQue raio de website é este que espalha mentiras atrás de mentiras
ReplyDeleteAfinal é para isso a liberdade de expressão?
Para mentir e inventar histórias falsas sobre o Islão?
É incrível.
Fique a vontade para dizer onde estão as mentiras. Se você me comprovar com textos fundacionais eu corrijo.
ReplyDeleteCaso contrário, o que você disse é apenas frustração vazia.
As mulheres brasileiras que se converteram ao Islã vivem com este argumento de que não são oprimidas pelos maridos... Eu sempre respondo quando converso com uma quando tenho oportunidade: "Vá viver em algum país islâmico sob a Sharia!", elas respondem: "Queria eu, seria um sonho!". WTF? Serão masoquistas?
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